segunda-feira, junho 28, 2010

Formigueiro

De alguma forma sentia que o formigueiro não era seu lar e via-se como que de outra espécie. Vive aquela perfeição matemática que não lhe motiva e a novidade parece um delírio latente, um sonho causado por alucinógeno. A realidade divide-se em cenas soltas e o novo não é premiado. Nem se sabe que o novo existe. Não se vê nada acima do telhado terroso e protetor. Opressor. Limitador.
Cumprir deveres parece tão louvável e infalível que é quase pecaminoso não seguir adiante e sem questionar.
Mas quem pode se conter após sentir o gosto do sal e do açúcar? Quem pode se furtar ao que ainda nem se sabe capaz?
A surpresa pode ser tão grande quanto o que se sonha. Pode ser mesmo grandioso. Realizar num milésimo de segundo, num único fôlego: a vida então!

2 comentários:

Patricia Lins disse...

Olha, de novo, vc escreveu algo que tem a ver com meu processo... vc lê meus pensamentos...

Amei:

"Quem pode se furtar ao que ainda nem se sabe capaz?
A surpresa pode ser tão grande quanto o que se sonha. Pode ser mesmo grandioso. Realizar num milésimo de segundo, num único fôlego: a vida então!"

Vc me inspira, viu?! Me inspira a refletir ainda mais... risos.

Beijossss!

Me disse...

will, li boa parte dos seus textos e meu amigo temos tanto em comum...rsss
este de hj amei!!!
bjos!