domingo, julho 11, 2010

Quem sou eu?

Perguntam-me que eu sou: Eu sou feliz muitas vezes, outras vezes muito triste e outras muitas nem sei como me sinto. Falo muito, fico calado do nada e desligo no meio de uma conversa. Já quis ser muito rico, quis ser budista, físico, escritor, adulto e mais simples. Leio Clarice Lispector, Umberto Eco, gibi, Neruda, revistas e tudo que vejo pela frente. Quero saber das pessoas e dos lugares. Estudo química, física, espaço, tempo, inutilidades várias e biologia. Gosto de história e dos meus amigos. Queria ter mais tempo para mim mesmo, ligar e sair mais com meus amigos e entender o mundo. Gosto de fotografar tudo, mas não gosto de aparecer em fotografias. Amo tudo demais e desesperadamente, mas acho que não sei demonstrar direito e ninguém me entende. Sou chato muitas vezes, e outras nem consigo me controlar de tão bem humorado. Ando de avião, más não gosto. Acordo cedo e não gosto. Trabalho muito e até gosto. Vou ao cinema e adoro. Assisto pouco à TV e ouço menos música do que gostaria de ouvir. Gosto de praia, mas não me dou muito bem com o sol. Gosto do frio, mas fico gripado com facilidade. Interesso-me por tudo e me desinteresso com a mesma facilidade. Perguntam-me que eu sou: Mas quem eu sou mesmo?

3 comentários:

Patricia Lins disse...

Nooossssaaaa! Vc é como todo ser humano, meu nego! É tudo e nada. É pura emoção. Só que vc sabe que é assim... os "normais" - padecentes da normose - é que acham que não são assim!

Parabéns, por não saber quem é, já sabendo!

Beijosss, Pat.

Marcos F. Carvalho disse...

É nas contradições, paradoxos e dicotomias, em todos os traços antagônicos, que o homem se faz VIVO. A cada instante somos vários e culminamos no "um". As emoções são a força motriz, a música de fundo, a graça de fazer tudo valer a pena e sentir que nas coisas há movimento. E questionar? Perguntar a si mesmo, o que seria? A dúvida e a vontade de ser diferente? Talvez, o ponto de partida da inércia, da libertação da zona de conforto rumo a uma nova dinâmica para viver ou para resignar-se com desígnio da estagnação. Perguntar-se, portanto, é pressionar o "start" da inquietação e permitir-se a novos acertos ou novos erros. Sendo o mesmo e agora, mais um pouco...
Como diria Alberto Caeiro, "
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo. Mudo, mas não mudo muito."

Patricia Lins disse...

Will, vc me inspirou uma blogagem coletiva. Se puder e/ou quiser, coloca nos comentários este link, porque seu post está maravilhoosssoooo!!!!